sexta-feira, 9 de março de 2012

BAILE DE CARNAVAL 2012







PROJETO TUDO SOBRE MIM, QUEM SOU EU?
TEMA: Identidade; Família; Conhecimento do corpo, suas partes e sentidos;
TURMA:MINI GRUPO II e I, Berçário II
PERÍODO: Março
JUSTIFICATIVA:
A construção da identidade é um processo permanente, que ocorre através do contato com outras pessoas e com o meio. Na faixa etária, que corresponde ao nível do Berçário II, a criança começa a se perceber como indivíduo, com seus gostos, seus prazeres, seus temores e começa também a perceber o outro. As atividades coletivas são importantes, para as crianças perceberem o outro, lidar com regras e frustrações.
A interação da criança com o ambiente acontece por meio da observação e da exploração do espaço. Para ajudá-las nesse processo de descobertas e conquistas, é preciso trazer um pouco do seu mundo familiar para esse novo espaço.
No princípio o projeto irá trabalhar a descoberta do eu, a percepção do corpo e do espaço, o resgate da própria história, e gradativamente passará para o mundo das relações com o outro, bem como nossas semelhanças e diferenças. Isso acontecerá de forma lúdica, através de brincadeiras, histórias e vivências para favorecer a criação de um espaço mágico e acolhedor.
OBJETIVOS GERAIS:
Construir a própria identidade, mediante o conhecimento de seu próprio corpo e da descoberta do outro com suas possibilidades e limitações.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
• Conhecer o próprio corpo, identificando suas partes e algumas funções.
• Adquirir noções de esquema corporal
• Nomear algumas partes do corpo
• Perceber o crescimento e desenvolvimento do corpo
• Estimular a socialização do grupo estabelecendo um vinculo afetivo
• Trabalhar os cinco sentidos (tato, olfato, paladar, audição e visão)
• Desenvolver a autonomia de cada criança
• Diferenciar meninos e meninas

• Ampliar a relação escola/família
CONTEÚDO:
Estímulo às expressões afetivas para consigo mesma e para com as demais, incentivando-a a se expressar quando desejar manifestar algo (alimentação, proteção, abrigo, carinho, lazer etc.), chamando-a pelo nome, oferecendo-lhe experiências que sejam compartilhadas com as outras.
Identificação progressiva de algumas singularidades próprias e das pessoas com as quais convive no seu cotidiano em situações de interação.
DESENVOLVIMENTO:
Conversas na rodinha sobre a criança;
Escolher o nome da turma;
Observar revistas, materiais concretos, livrinhos de história; fotografias;
Atividades, brincadeiras e jogos; desenhos artísticos, com matérias diversos;
Ouvir, cantar e dançar diferentes músicas e ritmos;
Experimentar alimentos variados; trabalhar com espelhos;
História do Nome, envolvendo a família em tarefas coletivas;
Atividades com nomes;
Esquema corporal;
Altura e peso;
Órgãos dos sentidos;
Número do sapato;
Histórias;
Músicas;
Criar combinações para o desenvolvimento da rotina;
PRODUTO FINAL:
Álbum da sala para expor na feira cultural.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação será contínuo, e terá como base à observação das crianças, do grupo perante as atividades e desafios propostos, e na exploração do mundo, bem como na interação com os sujeitos envolvidos. Serão valorizadas todas as conquistas, vivencias e descobertas por parte das crianças.

SOBRE MORDIDAS

AS MORDIDAS
Não é raro encontrar queixas de pais que, ao buscarem seus filhos no CEI os encontram mordidos por algum coleguinha. Geralmente são crianças pequenas, que estão aprendendo a dividir seu espaço com outras crianças da mesma idade. Nesse período estão aperfeiçoando seus sentidos e agora fora dos cuidados dos pais e precisando dividir a atenção dos adultos com outras crianças. Não é fácil para os pais assimilarem essas mordidas sem mágoa ou indignação, agora marcado pelos dentes de um colega. Tão desagradável quanto, é a situação dos pais da criança que morde. E assim uma cascata de cobranças começa em cima do CEI, por não ter profissionais suficientes ou qualificados, e se tem, não estavam atentos aos ocorridos.
Vale lembrar que as crianças estão em fase de amadurecimento e conseqüentemente estão aprendendo a exteriorizar suas angustias; medos; frustrações; anseios e descobertas. Através do sistema nervoso central começam a elaborar o tato, o paladar, a visão e a audição. Conseqüentemente com as novas descobertas aprendem a usar as mãos, os dentes como instrumento de defesa. E a MORDIDA entra nessa fase como forma de comunicação e de expressão. Já que os pequenos não dominam a linguagem verbal utiliza a mordida para expressar descontentamento, irritação, disputa de atenção e ate mesmo de carinho. Isso mesmo carinho, como eles não sabem ainda direcionar suas emoções, então a mordida se caracteriza seus sentimentos. Além disso, mudanças que esteja acontecendo em casa, bem como na adaptação do CEI.
Não fácil para a criança aprender a conviver com outras crianças da mesma faixa etária. A mordida faz parte dos mecanismos de defesas mais primitivos do HOMEM. Quando ele não consegue outra forma de comunicação, ou explorar o ambiente da forma que lhe agrada é possível que use esse artifício para marcar seu espaço. Cabem aos pais, professores, não supervalorizarem a mordida. Quanto o CEI, sabendo que está engajada com crianças que estão na fase de dividir, interagir. E se para os adultos isso já não é tão simples, imagine para uma criança. É necessário trabalhar de forma lúdica os sentidos, os gostos, o afeto e a divisão de espaço necessária para uma boa convivência. Acreditamos ainda que os pais devem ficar cientes que isso é um fato comum nas salas de aula onde convivem crianças que estão ainda em fase de amadurecimento.
A importância de não rotularmos os pequenos, porque nessa fase eles estão construindo a identidade, e se acontece os estigmas eles podem apresentar dificuldades em se relacionar. Assim é importante observar o que está acontecendo com seu filho se ele for o “agressor”, e explicar sobre a dor que o colega sente e mostrar outras formas de agressão. Caso seu filho seja a criança vitimizada é importante não rotular o agressor, como foi explicado no inicio. O ideal é junto o CEI auxiliar a criança a entender que não pode morder os colegas e nessa Judá é fundamental o apoio de todos, sejam professores, pais e coleguinhas.
 Vale lembrar que somos todos inocentes, tantos a criança que agride através da mordida, expressando seus conflitos internos, quanto à criança que não aprendeu seus mecanismos de defesas. Os pais que entram em angústia ao defenderem seus pequenos, quantos o CEI que depara com essa situação e muitas vezes se sente impotente ao receber o rótulo de negligente. A coerência entre os adultos é a melhor forma de suavizar esses pequenos conflitos diante da vastidão de angústia do mundo dos adultos.

À DIREÇÃO